terça-feira, 17 de abril de 2012

Amor Intergaláctico



Num planeta longínquo e conquistador, o sabor da vitória é constante, um povo marcado pela conquista violenta, por garantir evolução tecnológica recorrendo á força, a educação dos mais novos é militarizada, os exércitos numerosos e preparados para tudo e contra todos, o governador não é possuidor da vida eterna e acaba de falecer, para o seu lugar o escolhido será o melhor comandante militar e que por acaso… acabara de partir numa missão com os seus fiéis cinco implacáveis soldados que sempre o acompanharam nos mais diversos perigos e aventuras, partiram num novo ataque e demoraram dez dias a chegar ao próximo planeta por conquistar, chegando lá o piloto informa que o planeta está em chamas correndo o risco de explodir, terminando com toda a existência, mas informa também que ainda têm uma janela de trinta minutos para tentar obter qualquer tipo de tecnologia eventualmente proveitosa, dizendo isto o comandante não demorou a ordenar que aterra-se a nave e assim que a porta abre o comandante é o primeiro a meter as botas no solo, os cinco soldados atrás dele, os olhos negros do comandante procuram algo que se aproveite no meio da destruição, corpos desfigurados espalhados pelo chão tal como a face dele, uma cicatriz cruza-lhe o olho e a face, fúria visível, dor, mágoa e maldade reinava neste destemido comandante. Ao longe vê movimento, faz sinal aos soldados para uma posição defensiva e fazem progressão até ao local, chegando lá vêm um grupo de vinte desfiguradas figuras que protegem algo com vigor, os soldados vão afastando-os com sede em encontrar o tipo de tesouro que escondido debaixo destas tristes criaturas mas afinal o tesouro apresentou-se improvável… um vulto de cabelos loiros, feminina e suja mas… muito bela! Um soldado questiono-a acerca do que acontecera e ela relatou que um terrível ataque químico atacara aquele mundo levando-o á destruição e morte de todos os habitantes, apenas os vinte desfigurados que a acompanhavam e ela própria sobreviveram, enquanto ela falava o comandante nada dizia, permanecia imóvel, admirado como alguém tão desfigurada fosse tão bela, a mulher disse também que era uma Princesa daquele mundo e que se não fossem os vinte fiéis provavelmente estaria morta e sim, também ela não compreendia como alguém com o rosto tão fechado como o do comandante, tão cheio de ódio e terror poderia ser… uma beleza escondida… O comandante aproxima-se com passos firmes e seguros, estende a mão á Princesa dizendo… o vosso mundo terminou, venham para a nossa nave, ajudamo-vos e depois logo se vê o que fazer convosco, esperando receber um voto afirmativo a Princesa deixa o comandante de mão estendida e diz que será a última a entrar na nave, primeiro os vinte fiéis, assim sendo, depois de todos entrarem, agora sim, a mão do comandante tem resposta e este levanta a Princesa mas… o corpo está fraco e cede, o comandante vai a tempo e segura-a, pega-a ao colo e leva-a para a nave.
Um ano passou e todos as feridas curadas, graças á avançada medicina local, nesse momento em dia de celebração, dia de cerimónia, num mundo que já não tão agressivo e militarizado, agora já se vêem pessoas a sorrir na rua, o local da cerimónia estava cheio de gente para ver… o casamento da Princesa e do ex-comandante, sim ex, agora com a promoção a líder do seu povo tinha superado a sua maior prova! Conquistou muito mais agora, fora conquistado também! E premiado por finalmente ignorar a chama da conquista para uma mais humana. Terminada a cerimónia, o novo líder deste mundo, a agora curada e lindíssima Princesa e os seus fiéis vinte soldados da sua guarda pessoal tal como também todos os habitantes, assim… foram felizes!

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